sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Questões eternas (e internas).

Os labios secos como manhã sozinha de inverno trazia a longa sensação do seu desejo de dizer algo impossivel de traduzir em palavras (relez) naquele momento.
'Como não posso despencar ao olhar pra voce?' ele diz, 'seus olhos são o meu abismo e eu quero que volte para minha estrada', atordoado como uma folha solta no vento por dias secos e gelados daquele tempo sem sentimento.
O que mais aquela boca imóvel poderia soltar em meio o pavor sutil que suas mãos esgueiravam com cuidado?
Eu jamais perderia-o da minha vista se não fosse aquela longa distancia profunda de milhas e milhas de tempo nos trens e nos trilhos cintilantes da iris dos seus olhos agudos e infindos mente à dentro, o que posso dizer e onde poderei me achar depois de tudo isso?
As interrogações surgiam entre os fios de cabelo e penetravam vagando mente adentro e à fora, dançando como garotas alucinadas e seus copos de gim (aquelas que lhes deixam sutis recados convidativos e subentendidos na porta de sua morada)

'Eu não posso', ecoava... eu não entendo.

Qual dos dois lados prolongaria o sofrimento?

Um comentário: