domingo, 4 de outubro de 2009

A dor pulsiva e oca de acordar (por maior ou menor que seja o sonho)

Lamentações perdidas nas longas estradas serpentinas e nos sete céus decorados com guizos zombeteiros e sua mãe, grande sarcástica lua, rainha dos romanticos fiéis crédulos em sua luz devota e apaixonada, guardando em cada cratera uma doce maldade e os segredos e as estórias de amores perdidos e amantes mortos e peitos feito caixas, caixões guardando corações defuntos inalteráveis (até a proxima chaminha vermelha).
E entre a cena, meu corpo estirado num canto qualquer desta grande visão, pequeno, cego e oco, pequeno pedaço de célula de um pequeno grão jogado ao marasmo vazio do infinito perdido, desencontrado até sobre si mesmo.
A solidão brotando em cada maldita pedra, em cada respiração inalada, em cada fio do corpo.

Martelando no peito lamúrias de amores mau compreendidos e desfeitos em 'piscares de olhos' e com o poder das mãos e 'click', pronto, o 'BOOM' está feito, como se sentimentos fossem visíveis e palpaveis, capazes de ser arrancados com força e fôlego do peito com empurrões, chutes e pontapés, ou (em casos de amores vazios) com estalar de dedos, 'TAC' e theend.

Mas no fim, tudo dói.
(Como uma facada grosseira e oca no pleno escuro).

Um comentário:

  1. Corta e sangra...da pra sentir vazar do canto das palavras toda a dor...uma explosão intensa de sentimentos angustiantes transformados em palavras!
    belissimo,inspirador e real!!!
    adorei&adoro!
    =*********

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