quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Da fada.

."Gole à gole nos inteirávamos, como se cada trago medonho fosse para a alma um punhal dilacerador que nos desfazia por inteiros, e, em seguida, retalho a retalho costurava um ao outro, com seu barulho agudo de metal passando carne e ossos sem regimento ou resquício de piedade, com o mais delicado fio de vida.
E, no alvo, junto à nós, formou-se um elo e tambem foi alfinetada a anestesia e delirio de toda a bebedeira. Ela pulsava em nós mais ainda do que a nós mesmos.. Ela tomou conta de tudo e 'Bang' nos possuiu completamente como um tiro certeiro. A vida correu e correu desesperadamente por cada musculo atrelada à todo àlcool e àquela cerimonia solene de união que fincamos e atamos com nossas proprias veias.Mal houve tempo de me sentir apunhalada ou sequer afoita com os acontecimentos sortidos que embaralhavam as sensações e produziam seguidos nós enormes de marinheiro na garganta. Eis a loucura. Insolente: transpassou o elo da nossa existência e tornou-nos um ser sonhador. Assustador. Poeticamente assustador.

Efervecentes devaneios traspostos à embriaguez."

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