domingo, 19 de julho de 2009

Soberbas noites de verão.

O cheiro de boa comida dançava até fora das janelas, e pude senti-lo quando estacionava a bicicleta diante da primeira floreira. “Ah sim, já estou em casa” pensei, não apenas física, mas além dos detalhes, espiritualmente... Não poderia estar em outro lugar... Não haveria no mundo, espaço melhor para acomodar o corpo e a alma.
Ouvia a música tranqüila [minha favorita neste estilo] desde a entrada. Descalcei-me, coloquei os sapatos confortáveis no assoalho e senti o chão limpo refrescar meus pés. Pessoalmente, o momento preferido do dia.
O gato roçou-se em minhas canelas, e olhou-me nos olhos, crente que ganharia o colo. Peguei-o e fui até a varanda, apresentar-me a vista do dia: Noite de calor, com leve brisa, trazendo o perfume das jardineiras até a face, sem esforço, enaltecendo a noite com farto prazer. A sala, de luz apagada e velas simples postas ao meio da mesa, convidavam-me a sentar; nestes dias, aquelas cadeiras parecem-me ainda mais confortáveis.
Olhos disputando beleza com as estrelas serviram-me fartamente a mais perfumada refeição, até então, da minha vida. Provei com gloria, daquela noite particularmente agradável, embriaguei-me de verão, de doçura e prazer. Ganhei um beijo fresco antes do banho, e depois dele, quem sabe; ainda mais profundamente aproveitei-me.
Estas soberbas noites acaloradas de verão.

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